O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Advocacia-Geral da União (AGU) adicione ao pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao governo da Itália um registro sobre a acusação de perseguição armada que a parlamentar enfrenta. Zambelli, que já foi condenada pelo STF por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é ré em um processo por ter sacado uma arma e apontado para um homem em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
O incidente ocorreu no bairro Jardins, uma área nobre da capital paulista, onde a deputada confrontou um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Zambelli pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O STF já possui maioria de votos para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão, mas o julgamento foi suspenso em março e será retomado no dia 15 de agosto.
O pedido de extradição considera também uma condenação anterior da deputada, que soma 10 anos de pena pela invasão dos sistemas do CNJ. Após a prisão de Zambelli na Itália, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a AGU acompanhe o processo e tome as medidas necessárias para garantir a extradição. O Brasil já formalizou o pedido para que a deputada cumpra sua pena em território nacional.
O advogado de Carla Zambelli afirmou que fará esforços para evitar a extradição de sua cliente, que se encontra atualmente na Itália.