O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Advocacia Geral da União (AGU) adicione ao pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) à Itália, a ação penal em que ela é ré por perseguição armada a um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi proferida na sexta-feira, 1º de agosto de 2025, após o ministro Nunes Marques liberar o processo para julgamento no STF, que estava suspenso desde março devido a um pedido de vista.
A deputada já havia sido condenada em maio a 10 anos de prisão por sua participação no ataque hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em colaboração com o hacker Walter Delgatti Neto. Zambelli deixou o Brasil em junho e foi considerada foragida, tendo seu nome incluído na lista vermelha da Interpol em 5 de junho. Para evitar a perda automática de seu mandato, solicitou uma licença de 127 dias à Câmara dos Deputados, que foi aprovada.
Recentemente, na terça-feira, 29 de julho, Zambelli foi presa na Itália, onde se encontrava há dois meses. A Justiça italiana decidiu manter sua prisão após uma audiência de custódia realizada na sexta-feira, 1º de agosto. Durante a audiência, a deputada, que possui cidadania italiana, se declarou inocente e alegou ser alvo de perseguição política, afirmando que não pretende retornar ao Brasil e deseja ser julgada novamente na Itália. Atualmente, ela está detida na penitenciária feminina de Rebibbia, nos arredores de Roma.