O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4), após o político participar de manifestações organizadas por seus apoiadores no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada em virtude do descumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-presidente, que incluíam a proibição de uso das redes sociais. A defesa de Bolsonaro já anunciou que pretende recorrer da decisão à Primeira Turma do STF.
A participação de Bolsonaro nos atos ocorreu no domingo (3), quando ele se manifestou por meio de videochamada. O senador Flávio Bolsonaro, seu filho, transmitiu a saudação ao público, mas posteriormente apagou a publicação. Moraes já havia alertado o ex-presidente sobre as consequências de novas infrações, tendo considerado anteriormente que o descumprimento de julho foi pontual.
A prisão domiciliar foi imposta após a constatação de que Bolsonaro não respeitou as restrições estabelecidas pelo STF, que incluem o afastamento das redes sociais. Especialistas afirmam que a defesa tentará reverter a decisão, argumentando que o ex-presidente não violou as medidas ao se manifestar em ato público. O julgamento final do caso está previsto para setembro, e Bolsonaro deverá cumprir a prisão domiciliar até lá.