O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na tarde desta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada em razão do descumprimento de medidas cautelares que proibiam a participação do ex-presidente em manifestações. Bolsonaro havia participado, via telefone, de um ato no Rio de Janeiro no último domingo (3), além de acompanhar outra manifestação em Belém com o auxílio de sua esposa, Michelle Bolsonaro.
A medida visa prevenir a 'reiteração delitiva' do ex-presidente, que se tornou réu em março de 2025 por acusações que incluem organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. A decisão de Moraes também incluiu a realização de busca e apreensão na residência de Bolsonaro em Brasília e a imposição de novas restrições.
A notícia da prisão domiciliar gerou reações em Belém, onde opositores de Bolsonaro se mobilizam para celebrar a decisão. Um bar no bairro de Nazaré havia prometido oferecer 13 barris de chopp gratuitos ao público em caso de prisão do ex-presidente, embora tenha esclarecido que a comemoração não ocorrerá imediatamente, já que o estabelecimento estará fechado na segunda-feira.
Bolsonaro, que está usando tornozeleira eletrônica desde o dia 18, já enfrentou uma operação de busca e apreensão que resultou na descoberta de US$ 14 mil em sua residência. O ex-presidente é acusado de liderar uma trama golpista que culminou nos ataques às sedes dos Poderes em 8 de janeiro de 2023, e seu julgamento está previsto para ocorrer ainda neste semestre.