O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou na segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), uma decisão que repercutiu amplamente na imprensa internacional. A medida foi tomada em resposta ao descumprimento de ordens judiciais, com Moraes alegando que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados para incitar ataques ao Judiciário, mesmo sob proibição.
Veículos de comunicação como The Washington Post e The Guardian destacaram que a decisão de Moraes intensifica a crise política e jurídica no Brasil, além de acirrar as tensões diplomáticas com os Estados Unidos. A ordem de prisão foi interpretada como uma escalada no embate entre o STF e a administração do presidente Donald Trump, que impôs sanções a Moraes e tarifas sobre produtos brasileiros em decorrência do processo contra Bolsonaro.
O The New York Times e a BBC também abordaram a situação, caracterizando o caso como parte de uma rixa tarifária entre Trump e o Brasil, enquanto o The Guardian enfatizou os riscos de fuga de Bolsonaro, que, segundo analistas, pode estar sendo gradualmente levado à prisão para evitar um choque maior na sociedade. A repercussão da decisão se estendeu a diversos países, com a Al Jazeera e veículos da Europa ressaltando o impacto político e as reações do atual governo brasileiro.
A ordem de prisão ocorre em meio a investigações sobre tentativas de Bolsonaro de interferir no processo judicial contra ele, com a acusação de que ele teria financiado uma trama para desestabilizar o Judiciário a partir dos Estados Unidos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio a Moraes, afirmando que as sanções foram motivadas por ações de políticos que traem o país.