O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 22 de agosto de 2025, condenar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A decisão foi tomada por 9 votos a 2 durante o julgamento virtual da ação penal, que envolveu um episódio em que Zambelli sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, teve seu entendimento seguido pela maioria dos ministros, enquanto Nunes Marques e André Mendonça apresentaram divergências. A execução da pena não é imediata, pois cabe recurso ao próprio STF. Esta condenação se soma a outra já imposta à parlamentar, que foi presa na Itália após tentar escapar de um mandado de prisão emitido pelo STF por sua participação na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A fuga para a Itália ocorreu após Zambelli receber uma pena de 10 anos de prisão por sua atuação na invasão, além de ter que pagar R$ 2 milhões em danos coletivos. O governo brasileiro já solicitou a extradição da deputada ao governo italiano, oficializando o pedido em junho deste ano. A situação levanta questões sobre a responsabilidade legal e as implicações políticas da atuação da parlamentar no cenário nacional.