O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (22) condenar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O julgamento, que ocorreu virtualmente, resultou em 9 votos a 2, após Zambelli ter sacado uma arma e perseguido o jornalista Luan Araújo durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, teve seu voto seguido pela maioria dos ministros, enquanto Nunes Marques e André Mendonça apresentaram divergências. A execução da pena não é imediata, pois ainda cabe recurso ao STF. Esta condenação se soma a uma anterior, onde Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023, e que resultou em um pedido de extradição feito pelo governo brasileiro à Itália.
As implicações dessa decisão são significativas, pois refletem a crescente pressão sobre figuras políticas envolvidas em atos ilícitos. A condenação de Zambelli pode impactar sua carreira política e acentuar o debate sobre a responsabilidade de parlamentares em casos de violência e abuso de poder. Além disso, a situação da deputada levanta questões sobre o uso de armas por políticos e a segurança pública no Brasil.