O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a acareação entre o coronel Marcelo Costa Câmara e o tenente-coronel Mauro Cid, réu colaborador no processo que investiga supostas tentativas de golpe de Estado. A decisão foi tomada após solicitação da defesa de Câmara, que argumentou a necessidade de confrontar as 'incongruências' no depoimento de Cid, que atuou como assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Moraes destacou que, ao contrário das testemunhas, os réus não têm o compromisso de dizer a verdade durante a acareação, podendo, portanto, apresentar versões divergentes para sua autodefesa. A defesa de Marcelo Câmara busca esclarecer trechos do depoimento de Cid, que o implicou em ações relacionadas ao plano golpista e ao monitoramento de figuras políticas, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e os ex-presidentes Lula e Alckmin durante as eleições de 2022.
A acareação é um procedimento judicial que visa esclarecer versões conflitantes sobre os fatos em questão. Em junho, Mauro Cid já havia participado de uma audiência similar com o ex-ministro Walter Braga Netto, evidenciando a continuidade das investigações sobre as alegações de atividades golpistas no Brasil.