Sete dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) manifestaram apoio ao colega Alexandre de Moraes, após sua inclusão na Lei Magnitsky, que permite sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violação de direitos humanos. O apoio foi expresso em discursos e postagens nas redes sociais, destacando a importância da atuação de Moraes na Corte. Os ministros Roberto Barroso, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Carmen Lúcia foram os principais defensores, enquanto Flávio Dino e Cristiano Zanin também demonstraram apoio, embora de forma menos explícita.
Durante a abertura do segundo semestre do Judiciário, Moraes afirmou que ignorará as sanções e continuará seu trabalho normalmente. Ele criticou aqueles que tentam enfraquecer o STF e a democracia brasileira, referindo-se a uma "organização criminosa" sem mencionar diretamente o deputado Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos. Moraes também defendeu a transparência dos processos relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando houve tentativas de golpe de Estado.
O presidente do STF, Roberto Barroso, ressaltou a importância da Corte na manutenção da estabilidade democrática e elogiou a condução dos processos por Moraes. Barroso também comentou sobre a necessidade de respeito aos direitos fundamentais, independentemente do resultado das eleições. Edson Fachin, vice-presidente do STF, criticou a sanção imposta pelos EUA, classificando-a como uma interferência indevida em um país soberano. Gilmar Mendes, por sua vez, destacou a importância do trabalho de Moraes na defesa das instituições democráticas.