A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo exonerou, a pedido, o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, que se encontra preso na Operação Ícaro sob suspeita de corrupção. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado em 21 de agosto de 2025. Silva Neto, afastado das funções por ordem judicial, solicitou desligamento definitivo do cargo no início da semana, e sua exoneração foi atendida, embora ele continue respondendo a um processo administrativo disciplinar que poderá resultar em demissão.
O auditor é acusado de liderar um esquema de corrupção que movimentou mais de R$ 1 bilhão na Divisão de Fiscalização da Secretaria da Fazenda. Ele supostamente cobrava propinas de empresas varejistas para facilitar a restituição de créditos de ICMS. Entre os envolvidos estão o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e o executivo Mário Otávio Gomes, da Fast Shop, ambos já presos temporariamente e atualmente em prisão domiciliar.
A defesa de Silva Neto argumentou que sua exoneração justifica a revogação de sua prisão, alegando que ele não representa risco ao inquérito fora do cargo. No entanto, o Ministério Público se opõe à liberação, citando preocupações sobre a possibilidade de o auditor ocultar provas ou combinar versões com outros investigados. Uma carta manuscrita encontrada em sua residência durante as buscas é considerada uma confissão do esquema e fundamenta o pedido do MP para manter a prisão.