Neste domingo (3), a Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de uma manifestação bolsonarista liderada pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante, do PL. O parlamentar, que se dirigiu aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro de um trio elétrico, declarou que o ato era em apoio a figuras como Daniel Silveira e o general Braga Netto, além de exigir a queda do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cavalcante acusou Moraes de ter "as mãos de sangue" e destacou a grande presença de público, afirmando que "a Paulista nunca esteve tão lotada como hoje".
Os protestos ocorreram em várias cidades do Brasil, incluindo Belém, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, com foco em críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pedidos de impeachment de Moraes. O movimento reflete a insatisfação com os obstáculos judiciais enfrentados por Bolsonaro, que está inelegível até 2030 e é réu por tentativa de golpe, além de cumprir medidas cautelares que limitam sua liberdade de locomoção.
Embora impedido de participar fisicamente devido às restrições, Bolsonaro acompanhou os protestos por videochamada. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro esteve presente na manifestação em Belém, enquanto outras lideranças do PL, como o prefeito Ricardo Nunes, marcaram presença em São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas não compareceu devido a um procedimento médico. Os atos também tiveram um forte tom religioso e expressaram apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente sancionou Moraes.