Pelo menos 34 soldados foram sequestrados por civis armados em uma área de selva no sudeste da Colômbia, especificamente no município de El Retorno, na província de Guaviare. O sequestro ocorreu após confrontos que deixaram 11 guerrilheiros mortos, incluindo um comandante de uma facção dissidente do antigo grupo rebelde das Farc. O ministro da Defesa, Pedro Sanchez, confirmou o incidente nesta terça-feira (26), ressaltando que os soldados foram capturados enquanto esvaziavam a área após uma operação militar bem-sucedida contra o EMC (Estado-Maior Central), um grupo que rejeitou o acordo de paz de 2016.
Sanchez descreveu o sequestro como uma ação ilegal e criminosa, destacando a gravidade da situação na região, que é um corredor estratégico para o tráfico de drogas e possui extensas plantações de coca. Este incidente não é isolado; em junho, 57 soldados também foram sequestrados em uma operação semelhante em outra área montanhosa do país. Os grupos armados, que se financiam por meio do tráfico de drogas e outras atividades ilícitas, continuam a operar na Colômbia, desafiando a paz estabelecida após um conflito de seis décadas que deixou mais de 450.000 mortos.
As implicações desse sequestro são profundas, refletindo a fragilidade da segurança na Colômbia e a persistência de facções armadas que desafiam a autoridade do governo. A situação levanta preocupações sobre a eficácia das políticas de segurança e a necessidade de um compromisso renovado para enfrentar o crime organizado. O governo colombiano enfrenta o desafio de restaurar a confiança nas instituições e garantir a segurança dos cidadãos em um contexto marcado por violência e instabilidade.