Um sócio de um supermercado localizado em Floriano, no Sul do Piauí, foi condenado a pagar R$ 100 mil após denúncias de assédio moral e sexual contra funcionárias. O Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT) responsabilizou também os demais proprietários do estabelecimento por irregularidades trabalhistas, após reunir provas e depoimentos que confirmaram as acusações. As vítimas relataram comportamentos inadequados do proprietário, incluindo comentários sobre o corpo das funcionárias e convites de cunho sexual.
Durante o processo, o procurador Marcos Duanne Barbosa destacou que muitos funcionários não conseguiam permanecer no emprego por mais de três meses devido aos abusos, além de enfrentarem salários atrasados e falta de registro na Carteira de Trabalho. A juíza Ginna Isabel Rodrigues Veras determinou que a empresa implemente medidas para prevenir retaliações às vítimas e crie um canal para denúncias sobre assédio sexual no ambiente laboral.
A sentença reflete uma crescente preocupação com a saúde física e psíquica dos trabalhadores, evidenciando que o assédio no ambiente de trabalho constitui um risco psicossocial. O MPT registrou um aumento de 54% nas denúncias de assédio no trabalho em 2024 em comparação com o ano anterior, ressaltando a necessidade urgente de ações efetivas para garantir um ambiente laboral seguro e respeitoso.