O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) revisou para baixo sua projeção de crescimento do setor da construção para 2025, passando de uma expectativa de 3% para 2,2%. A nova estimativa foi divulgada em 21 de agosto de 2025 e se baseia em um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), que considera o desempenho das construtoras e das atividades informais, como autoconstrução e pequenos empreiteiros.
Segundo o vice-presidente de Economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, a situação econômica interna do Brasil tem um peso maior na nova projeção do que fatores externos. Ele ressaltou que a alta taxa de juros, que persiste há um longo período, e a inflação ainda elevada têm penalizado tanto as famílias quanto as empresas. A nova projeção reflete uma média das expectativas de crescimento, com construtoras prevendo uma alta de 2,5% e atividades informais estimando 1,5%.
Além disso, o Sinduscon-SP alertou sobre o impacto potencial do tarifaço estadunidense sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que poderia chegar a 1,8 pontos percentuais nos próximos dois anos. Contudo, com medidas compensatórias do governo brasileiro e a busca por novos mercados, esse impacto pode ser reduzido para cerca de 0,3 p.p. em 2025 e 0,5 p.p. em 2026.