A privatização da Linha-7 Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) tem gerado preocupações significativas sobre a mobilidade urbana em São Paulo. Em entrevista ao programa Conexão BdF, Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, criticou o encerramento do Serviço 710, que unia as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, afirmando que essa mudança afetará até 200 mil usuários. A operação da linha foi assumida pela concessionária TIC Trens, que começará a operar integralmente em 26 de novembro.
Lisboa destacou que a decisão de privatizar o serviço prioriza o lucro em detrimento das necessidades da população. Ela mencionou que a experiência com outras linhas privatizadas já resultou em atrasos e descarrilamentos, além de um sistema de transporte que não atende adequadamente os passageiros. A sindicalista também alertou para os efeitos da especulação imobiliária e da expansão urbana desordenada, que podem agravar ainda mais a situação do transporte público na cidade.
A crítica se estende ao governo de Tarcísio de Freitas, que, segundo Lisboa, favorece interesses privados em vez de garantir um transporte público eficiente e acessível. A reportagem buscou posicionamentos da TIC Trens, da CCR e do governo estadual, mas não obteve respostas. A situação levanta questões sobre o futuro da mobilidade urbana em São Paulo e os impactos sociais da privatização dos serviços públicos.