Sete dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não se manifestaram publicamente em apoio ao colega Alexandre de Moraes, após sua inclusão na Lei Magnitsky, que permite sanções a autoridades estrangeiras por violações de direitos humanos. Os ministros André Mendonça, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Dias Toffoli, Edson Fachin, Nunes Marques e Luiz Fux permanecem em silêncio sobre a situação. Cármen Lúcia, embora tenha comentado a atuação de Moraes nas eleições de 2022, não fez referência às sanções.
Na abertura do segundo semestre do Judiciário, realizada na última sexta-feira (1º de agosto), Moraes declarou que ignorará as sanções e continuará seu trabalho no Plenário e na 1ª Turma do STF. Ele criticou aqueles que, segundo ele, tentam enfraquecer a Corte, referindo-se a uma "organização criminosa" que atua para pressionar o tribunal. Moraes também defendeu a transparência dos processos relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023.
O presidente do STF, Roberto Barroso, destacou a importância da Corte na manutenção da estabilidade democrática e reconheceu o trabalho de Moraes na condução dos processos. Barroso enfatizou que os direitos fundamentais devem ser respeitados, independentemente do resultado das eleições. Gilmar Mendes, em seu discurso, reafirmou que o STF não cederá a pressões e que a Corte continuará a defender a democracia com firmeza.
Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, elogiou a atuação de Moraes durante as eleições, mas não abordou as sanções. A situação reflete um momento delicado para o STF, que enfrenta desafios tanto internos quanto externos em sua função de guardião da Constituição.