O pastor Silas Malafaia pediu a devolução de seu passaporte ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um vídeo divulgado nesta sexta-feira, 22. A apreensão do documento ocorreu na quarta-feira, 20, quando Malafaia desembarcou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e está ligada a investigações sobre sua suposta tentativa de obstrução de justiça em um caso relacionado a um golpe de Estado. No vídeo, ele afirma que não é ‘covarde, medroso e fujão’ e defende que a retenção do passaporte só é válida em casos de risco iminente de fuga.
Malafaia também teve seu celular apreendido e está proibido de deixar o país. Ele é investigado após diálogos encontrados no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro, onde o pastor orientava o ex-presidente sobre como pressionar autoridades e o Judiciário por uma anistia. O pastor se justifica dizendo que se fugisse, estaria ‘destruído e desmoralizado’ diante da sociedade e da igreja evangélica. Ele ainda provocou Moraes, questionando se o ministro tem medo dele.
As declarações de Malafaia ocorrem em um contexto tenso, onde ele e Bolsonaro são indiciados por tentativa de obstrução do processo judicial. A situação levanta questões sobre a liberdade de expressão e os limites da atuação judicial em casos envolvendo figuras públicas. O desdobramento desse caso pode impactar tanto a imagem do pastor quanto as relações entre o Judiciário e líderes religiosos no Brasil.