O pastor Silas Malafaia foi acusado de instigar o ex-presidente Jair Bolsonaro a descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal (PF) realizou uma operação de busca e apreensão contra Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 20 de agosto de 2025, após autorização do STF. A investigação apura tentativas de obstrução de Justiça relacionadas a uma trama golpista.
De acordo com a PF, Malafaia orientou Bolsonaro sobre como utilizar as redes sociais para contornar as restrições impostas pelo STF, sugerindo horários e canais para postagens. Em mensagens trocadas, o pastor também aconselhou o ex-presidente a pressionar o STF em relação a tarifas impostas pelos Estados Unidos, utilizando argumentos que visavam desviar a atenção da questão judicial. O STF havia determinado que Bolsonaro não poderia usar suas redes sociais nem se comunicar por meio de terceiros, além de ter imposto o uso de tornozeleira eletrônica.
As ações de Malafaia e Bolsonaro levantam preocupações sobre a influência de líderes religiosos na política e a possibilidade de desrespeito às decisões judiciais. A continuidade dessa investigação pode resultar em consequências legais para os envolvidos e impactar a dinâmica política no Brasil, especialmente em um momento em que a relação entre o Executivo e o Judiciário é tensa.