A Polícia Federal cumpriu na noite de quarta-feira, 20, um mandado de busca e apreensão contra o líder religioso Silas Malafaia no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Durante a operação, foram impostas medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo. O celular de Malafaia também foi apreendido, e ele foi abordado ao desembarcar de um voo proveniente de Lisboa.
A investigação da PF aponta que Malafaia entrou na mira após diálogos encontrados no celular de Jair Bolsonaro, onde ele orienta o ex-presidente a incentivar manifestações e pressionar autoridades em favor de uma anistia. As mensagens revelam uma intenção clara de coagir ministros do STF e parlamentares, evidenciando um possível esquema para reverter sanções impostas pelos Estados Unidos. Em uma das conversas, Malafaia sugere que Bolsonaro grave um vídeo atacando o STF, demonstrando sua adesão ao plano criminoso.
As revelações sobre a atuação de Malafaia e suas interações com Bolsonaro podem ter desdobramentos significativos na política brasileira. A PF também encontrou uma minuta de pedido de asilo político na Argentina na residência de Bolsonaro, indicando que ele pode ter planejado uma fuga. O caso destaca a crescente tensão entre os ex-integrantes do governo e as autoridades judiciais, além de levantar questões sobre a influência religiosa na política nacional.