O pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal na noite de quarta-feira, 20 de agosto de 2025, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e faz parte da PET nº 14129, que investiga tentativas de obstrução de Justiça ligadas a um suposto golpe. Além da apreensão de celulares, Malafaia enfrenta medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar o país e manter contato com outros investigados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou apoio às ações da PF, destacando que Malafaia aparece como orientador nas ações de coação promovidas por Eduardo e Jair Bolsonaro. O pastor, conhecido por sua forte presença política e apoio a pautas conservadoras, nega as acusações e afirma estar sendo alvo de perseguição política. Sua trajetória inclui apoio ao PT nas eleições de 2002 e 2006, antes de se tornar um dos principais aliados evangélicos de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e 2022.
As implicações dessa investigação são significativas, pois podem afetar a imagem pública de Malafaia e sua influência no cenário político brasileiro. O desdobramento do caso também pode intensificar o debate sobre o papel das lideranças religiosas na política e suas interações com figuras políticas controversas. A situação levanta questões sobre a liberdade de expressão e os limites da atuação política das instituições religiosas no Brasil.