O pastor Silas Malafaia se tornou alvo da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 20 de agosto, ao retornar ao Brasil, onde tinha planos de solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar em Brasília. Na terça-feira, 19 de agosto, Malafaia havia informado que seu advogado já estava em contato com a defesa de Bolsonaro para verificar se o ex-presidente aceitaria recebê-lo. Contudo, a PF e o ministro do STF, Alexandre de Moraes, intervieram e impediram o encontro.
Ao desembarcar no Brasil, Malafaia foi abordado pela PF no aeroporto, onde teve seu celular apreendido e foi levado para prestar depoimento. As ações foram autorizadas por Moraes, que também impediu o pastor de se comunicar com Bolsonaro. Malafaia estava em Portugal quando soube que seu nome havia sido incluído na lista de investigados em um inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, relacionado a sanções contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do STF.
Além de Malafaia e Eduardo Bolsonaro, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo também são alvos da investigação. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, as ações visam obstruir o andamento do processo judicial em que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado. Nesta quarta-feira, a PF indiciou Bolsonaro e Eduardo pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.