Um dia após a apreensão de seu celular pela Polícia Federal (PF), em operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), o pastor Silas Malafaia fez duras críticas à corporação durante um culto na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Comparando a PF à Gestapo, Malafaia expressou indignação pela apreensão de documentos e seu passaporte, afirmando que não deve nada e que voltara ao Brasil por sua integridade.
Durante a cerimônia religiosa, Malafaia recebeu apoio fervoroso dos fiéis, que exibiram mensagens de solidariedade. O pastor também comentou sobre mensagens trocadas com Jair Bolsonaro e seus filhos, defendendo sua independência em relação ao ex-presidente e criticando Eduardo Bolsonaro. Ele reafirmou seu papel como defensor da liberdade religiosa e se distanciou de qualquer interesse político, embora tenha justificado seu apoio a Lula em 2002, quando não havia denúncias contra o petista.
As declarações de Malafaia ocorrem em um contexto de investigações da PF, que o acusam de articular estratégias para coagir membros do Judiciário e disseminar narrativas falsas. Embora não esteja indiciado, suas palavras refletem um clima de tensão entre líderes religiosos e instituições governamentais, levantando questões sobre liberdade de expressão e a relação entre religião e política no Brasil.