O pastor Silas Malafaia publicou um vídeo na rede social X, onde critica o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pede a devolução de seu passaporte e de cadernos com anotações bíblicas apreendidos pela Polícia Federal (PF). Malafaia argumenta que apenas um iminente risco de fuga justificaria a apreensão do passaporte, o que não se aplica ao seu caso, já que ele retornou ao Brasil após uma viagem a Portugal. ‘Uma coisa eu não sou: covarde, medroso e fujão. Eu vou estar aqui, vou continuar a falar e a denunciar’, afirmou o pastor.
O pastor foi alvo de uma busca e apreensão determinada por Moraes no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de um voo vindo de Lisboa. Ele classificou a decisão como uma ‘aberração’, ressaltando que a medida também proíbe sua comunicação com outros investigados, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Segundo Moraes, a PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentaram evidências de que Malafaia estaria envolvido em crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação.
As declarações de Malafaia levantam questões sobre a liberdade de expressão e os limites das ações judiciais em investigações políticas. A situação pode ter desdobramentos significativos para as relações entre os envolvidos e para o cenário político brasileiro, especialmente considerando o contexto das investigações em torno de Jair Bolsonaro e seus aliados. A pressão política e as alegações de desinformação também podem impactar a percepção pública sobre o processo judicial em andamento.