O pastor Silas Malafaia enviou mensagens de áudio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, nas quais critica seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, em meio à recente imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Malafaia, que reside no Brasil, expressou sua indignação com as estratégias do deputado, que vive nos EUA, e o chamou de ‘babaca’, afirmando que ele não deveria fazer discursos nacionalistas. O pastor também mencionou que havia enviado um ‘esporro’ a Eduardo e ameaçou expô-lo publicamente caso continuasse com suas ações.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), resultou em medidas cautelares contra Malafaia, incluindo a apreensão de seu celular no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Moraes considerou que os diálogos entre Malafaia e Bolsonaro tinham como objetivo a obtenção de anistia em troca do fim das sanções tarifárias impostas pelo governo de Donald Trump. Além disso, o pastor está proibido de deixar o país e deve entregar seus passaportes em 24 horas.
As implicações dessa situação são significativas, pois revelam tensões internas entre apoiadores do ex-presidente e destacam o papel de Malafaia como orientador nas ações políticas relacionadas às tarifas. A investigação da Polícia Federal e a posição da Procuradoria-Geral da República indicam um aprofundamento nas ações penais relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado, envolvendo figuras proeminentes da política brasileira.