O pastor Silas Malafaia utilizou suas redes sociais para convocar bolsonaristas a se reunirem nas principais capitais do Brasil no dia 7 de setembro, em manifestações que visam defender a liberdade de expressão e religião. A convocação surge em um momento delicado, já que Malafaia teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal, que o investiga por supostas articulações contra autoridades e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente Jair Bolsonaro, embora proibido de participar dos eventos devido a medidas cautelares, deve ser um dos temas centrais das manifestações, que ocorrem em meio ao julgamento sobre sua tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023.
As manifestações, denominadas “Reaja, Brasil”, estão programadas para coincidir com o julgamento de Bolsonaro no STF, aumentando a expectativa de discursos em defesa do ex-presidente. Além de Malafaia, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também convocou os apoiadores a se manifestarem de forma “ordeira e pacífica”. A Polícia Federal investiga Malafaia por sua suposta participação em crimes como coação no curso do processo e obstrução de justiça, com indícios de que ele teria atuado como orientador em ações contra o STF.
As recentes medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes incluem a proibição de contato com outros investigados e a entrega do passaporte em até 24 horas. A expectativa é que os atos do dia 7 aumentem a tensão política no país, especialmente considerando as acusações contra Malafaia e o contexto do julgamento de Bolsonaro. As manifestações podem ser um termômetro para o clima político brasileiro e a mobilização da direita em um momento crítico.