Os setores da saúde, indústria e agropecuária lideram os pedidos de registros de patentes em inteligência artificial no Brasil, conforme levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, que analisou 264 solicitações feitas entre 2019 e 2024. A saúde representa 25% dos pedidos, seguida pela indústria com 14,4% e agropecuária com 8,3%. Apesar do número expressivo de solicitações, apenas 8 (3%) foram concedidas até o momento, enquanto a grande maioria permanece em análise.
O ano de 2022 registrou o maior número de pedidos, totalizando 78, mas desde então houve uma queda significativa nas solicitações, com apenas 13 registros em 2023. O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) está implementando o Plano de Ação 2023-2025 para reduzir o tempo médio de análise das patentes, que atualmente é de quase três anos. O levantamento também revela que a maioria dos pedidos é feita por brasileiros (59,8%), mas a presença de empresas estrangeiras, como a Huawei e a Petrobras, indica uma competição acirrada no setor.
As inovações na área da saúde incluem diagnósticos avançados e telemedicina, enquanto a indústria foca em automação e segurança do trabalho. O agronegócio busca melhorias em monitoramento e controle de pragas. A diversidade de aplicações da inteligência artificial no Brasil reflete um potencial significativo para o desenvolvimento tecnológico, mas também destaca a necessidade de fortalecer a proteção intelectual frente à crescente influência de empresas internacionais no mercado local.