Sete deputados federais perderam seus mandatos na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 30 de outubro, em decorrência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reinterpretou as regras de distribuição das "sobras eleitorais". A medida, publicada no Diário Oficial da Casa, impacta principalmente a bancada do Amapá, que terá metade de suas cadeiras renovadas, além de afetar também o Distrito Federal, Rondônia e Tocantins.
Os deputados que perderam seus mandatos incluem Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Augusto Puppio (MDB-AP), Lebrão (União-RO), Lázaro Botelho (PP-TO), Professora Goreth (PDT-AP), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Sonize Barbosa (PL-AP). Em contrapartida, foram convocados sete novos parlamentares, entre eles Professora Marcivânia (PCdoB-AP) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que já tomaram posse nesta quinta-feira, 31 de outubro.
A decisão do STF, que considerou inconstitucional uma mudança nas regras de 2021, permitiu que as novas regras sobre as "sobras eleitorais" fossem aplicadas retroativamente, afetando os resultados das eleições de 2022. Essa mudança favoreceu partidos como PCdoB, PSOL e PSB, que ganharam um deputado a mais cada, enquanto o PL foi o mais afetado, perdendo duas cadeiras.
A deputada Silvia Waiãpi expressou seu descontentamento nas redes sociais, afirmando que a decisão é um "ataque contra o povo do Amapá". Já o deputado Gilvan Máximo declarou que não aceitará a decisão em silêncio, considerando a perda do mandato um "dia de luto para a democracia brasileira".