A final da Super Liga Sul-Americana de polo aquático, realizada em Buenos Aires no último domingo (24), foi marcada por um ato de racismo que levou a equipe do Sesi-SP a abandonar a partida decisiva. O incidente ocorreu quando um atleta do Sesi-SP foi alvo de ofensas racistas durante o jogo, reconhecidas pelo árbitro. A punição aplicada ao agressor, uma suspensão de apenas uma hora, foi considerada insuficiente pelos brasileiros, que decidiram não disputar a final contra o Club de Gimnasia y Esgrima como forma de protesto.
A atitude do Sesi-SP recebeu apoio imediato da Associação Bauruense de Desportes Aquáticos (ABDA), que também se recusou a participar da competição. Em nota oficial, o Sesi-SP afirmou que sua decisão visa combater todas as formas de discriminação no esporte e anunciou que está avaliando medidas jurídicas para responsabilizar o agressor. A ABDA enfatizou que é necessário ir além de manifestações protocolares e adotar ações concretas contra o racismo, mesmo que isso signifique abrir mão de conquistas esportivas.
O episódio não apenas destaca a persistência do racismo no esporte, mas também provoca um debate mais amplo sobre a eficácia das sanções aplicadas em casos de discriminação. A reação do Sesi-SP e da ABDA pode incentivar outras instituições esportivas a adotarem posturas semelhantes, reforçando a necessidade de um ambiente esportivo mais inclusivo e respeitoso. O caso levanta questões sobre como as organizações devem lidar com comportamentos discriminatórios e a importância de ações efetivas para erradicar o racismo no esporte.