Na noite de quinta-feira, 31, servidoras municipais de São Paulo realizaram um protesto em frente ao Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), na Aclimação, contra o fechamento do centro obstétrico da unidade. A manifestação foi motivada pela decisão da Prefeitura de transferir os partos de servidoras para o Hospital San Patrick Portinari, na Vila Jaguara, zona oeste da cidade, contratado por meio de pregão.
As participantes do ato simbólico utilizaram correntes para se prender às portas do oitavo andar do HSPM, onde está localizado o setor de obstetrícia. Segundo Flávia Anunciação, diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), o modelo de contratação não assegura a qualidade necessária para um serviço tão especializado. "Como pode ser usado para contratar um serviço tão especializado como obstetrícia?", questionou.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) defendeu a reestruturação como uma forma de otimizar os leitos hospitalares, afirmando que as servidoras gestantes continuarão a receber assistência. No entanto, as manifestantes expressaram preocupação com a distância de quase 20 km entre os hospitais e a falta de segurança no novo modelo de atendimento. O secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, visitará o Hospital Saint Patrick nesta sexta-feira, 1º, para avaliar as instalações.
Em resposta às críticas, o Hospital Saint Patrick afirmou que possui uma equipe treinada para atendimento humanizado e que está implementando uma equipe de Ouvidoria para lidar com reclamações. A instituição realiza cerca de 60 partos por mês e se comprometeu a normalizar a situação das queixas em até sete dias.