Três senadores que integram a base do governo Lula decidiram deixar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. A medida foi anunciada após a oposição conquistar tanto a presidência quanto a relatoria do grupo, com uma votação que resultou em 17 votos a favor da oposição e 14 da base governista. Otto Alencar, do PSD da Bahia, já formalizou sua saída, enquanto Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, e Omar Aziz, do PSD do Amazonas, ainda estão em processo de oficializar suas desistências.
A nova liderança da CPMI agora conta com Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, na presidência, e Alfredo Gaspar, do União Brasil de Alagoas, na relatoria. A senadora Augusta Brito, do PT do Ceará, foi escolhida para ocupar a vaga deixada por Alencar. Omar Aziz responsabilizou o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, pelo atraso na convocação da reunião inaugural da CPMI, enquanto o deputado Paulo Pimenta, do PT do Rio Grande do Sul, foi designado para coordenar as ações da base aliada.
Os parlamentares que estão se afastando expressam preocupações sobre a imprevisibilidade do cenário atual e temem que as quebras de sigilo durante as investigações possam complicar ainda mais a situação do governo. A nova configuração da comissão, agora sob controle da oposição, torna o ambiente político ainda mais delicado e suscita incertezas sobre os desdobramentos futuros das investigações.