Uma proposta legislativa que visa proteger a dublagem brasileira da concorrência da inteligência artificial (IA) começou a ser analisada pelos senadores. Apresentada no portal e-Cidadania, a sugestão legislativa (SUG 7/2025) foi encaminhada à Comissão de Direitos Humanos (CDH) e busca garantir a atuação de dubladores profissionais em empresas nacionais.
A iniciativa, proposta pela dubladora Adriana Torres, tem como objetivo preservar empregos, identidade cultural e a qualidade artística do audiovisual brasileiro. A legislação se aplicaria à dublagem de obras estrangeiras exibidas no Brasil, assegurando os direitos de voz e interpretação dos dubladores, além de sugerir incentivos fiscais para a capacitação desses profissionais.
Adriana Torres, com mais de trinta anos de experiência na área, defende que a dublagem é essencial para a acessibilidade das obras e para a preservação da identidade linguística do país. Ela expressou preocupação com a substituição de vozes humanas por IA, considerando-a uma ameaça à qualidade das dublagens e à autenticidade das produções.
A proposta, apresentada em 24 de abril, obteve 20 mil apoios necessários até 15 de maio para ser considerada uma sugestão legislativa. Agora, aguarda um relatório do senador Magno Malta (PL-ES) para ser votado na CDH. Se aprovado, o texto será transformado em projeto de lei e seguirá para tramitação nas comissões temáticas.