Na quarta-feira, 20, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado decidiu, por 14 votos a 12, ressuscitar a proposta do voto impresso no Brasil. Se aprovada pelo plenário e pela Câmara, as urnas eletrônicas deverão imprimir o voto em cédulas, uma medida já barrada anteriormente pelo STF por comprometer o sigilo do voto. Essa iniciativa é vista como um exemplo da desconexão da classe política com os interesses da população, que expressa crescente insatisfação com a polarização ideológica entre Lula e Bolsonaro.
A pesquisa da Quaest revela que dois em cada três eleitores não se identificam com os líderes atuais e que a maioria discorda da agenda governamental, considerando-a prejudicial ao país. Além disso, a falta de confiança nas instituições é alarmante, com a população preocupada com questões como violência, economia e educação. A radicalização política, exemplificada pela tentativa de anistia para atos antidemocráticos, apenas intensifica o descontentamento popular.
Com temas urgentes como saúde e educação em segundo plano, o Brasil enfrenta um retrocesso em áreas essenciais. O Plano Nacional de Educação venceu sem renovação e o país ainda lida com milhões de analfabetos funcionais. A situação exige uma reflexão profunda sobre as prioridades políticas e um compromisso real com as necessidades da sociedade brasileira.