O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi submetido hoje (4) pela Polícia Federal (PF) à instalação de uma tornozeleira eletrônica, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi aplicada após o parlamentar desembarcar no aeroporto de Brasília, vindo de uma viagem à Flórida, nos Estados Unidos.
A decisão de Moraes também incluiu a apreensão do passaporte diplomático de Do Val, que havia sido utilizado para deixar o país, desrespeitando ordens judiciais anteriores que o proibiam de viajar. O ministro justificou a ação alegando que o senador descumpriu medidas cautelares, como a entrega de todos os seus passaportes, e impôs novas restrições, incluindo a proibição de sair de casa à noite e o uso de redes sociais.
Marcos do Val é alvo de investigações pelo STF por supostas campanhas de ataques nas redes sociais contra delegados da Polícia Federal e por sua possível participação em um plano para anular as eleições de 2022. Em julho, o senador havia solicitado autorização para viajar, mas seu pedido foi negado. A PF, que já havia tentado apreender seus passaportes sem sucesso, intensificou as ações após a determinação de Moraes.
Em resposta às acusações, Do Val emitiu uma nota repudiando a narrativa de descumprimento das ordens do STF, afirmando que nunca esteve proibido de deixar o país e que não havia risco de fuga.