A Polícia Federal indiciou o senador Marcos do Val (Podemos-ES) por obstrução de investigação de organização criminosa e incitação ao crime, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (29). O indiciamento ocorreu em 13 de agosto, após Do Val publicar informações sobre o delegado da PF Fábio Schor, que estão ligadas a investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros membros do bolsonarismo.
Moraes revogou parcialmente as medidas cautelares impostas a Do Val, que incluíam o uso de tornozeleira eletrônica e bloqueio de contas bancárias. A decisão foi tomada após um pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que argumentou a necessidade de afastamento do senador para tratamento de saúde, apresentando laudo médico que justificava a licença temporária.
Embora as contas e verbas de gabinete tenham sido desbloqueadas e a tornozeleira retirada, algumas restrições permanecem. O senador ainda não pode deixar o país e teve seus passaportes apreendidos, pois as condições que justificam essas medidas cautelares continuam válidas segundo o Código de Processo Penal. O desdobramento desse caso poderá impactar a dinâmica política no Senado e as investigações em curso sobre figuras ligadas ao governo anterior.