O senador Lucas Barreto (PSD-AP) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (19), a proposta do governo federal de criar uma nova área de preservação próxima ao rio Tocantins. Segundo ele, essa medida pode inviabilizar a dragagem do Pedral do Lourenço, uma obra considerada estratégica para ampliar a navegabilidade entre os municípios de Marabá e Tucuruí, no Pará. Barreto argumentou que a dragagem é fundamental para o escoamento de até 60 milhões de toneladas de grãos, o que impulsionaria a economia local.
Durante seu discurso, o senador enfatizou que a tentativa de criação da nova área de preservação não é uma questão técnica, mas sim uma forma de sabotagem às iniciativas de desenvolvimento na região amazônica. Ele criticou o que chamou de “velho truque” de disfarçar decisões políticas com linguagem ambiental, especialmente às vésperas da COP 30, sugerindo que isso transforma a Amazônia em um santuário apenas para relatórios e turismo.
Além das críticas à preservação ambiental, Barreto abordou a situação da transposição dos servidores de ex-territórios federais para os quadros da União, citando o caso da Empresa Municipal de Desenvolvimento e Urbanização de Macapá (Emdesur). O senador destacou a lentidão do processo, apesar das decisões favoráveis do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Judiciário, pedindo mais agilidade nas ações governamentais.