O senador republicano Ted Cruz, dos Estados Unidos, declarou que o governo mexicano, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, deve considerar a aceitação de assistência americana para enfrentar grupos criminosos. Durante uma coletiva de imprensa, Cruz enfatizou a necessidade de cooperação, apesar das preocupações do México sobre sua soberania. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do México reiterou que a segurança nacional é uma questão que deve ser tratada exclusivamente pelas autoridades mexicanas, sublinhando a importância da soberania e da cooperação bilateral baseada em respeito mútuo.
Nos últimos meses, os Estados Unidos têm demonstrado um interesse crescente na América Latina, especialmente em relação ao combate ao narcotráfico. Recentemente, Washington enviou navios militares para a costa da Venezuela, acusando o governo local de envolvimento com cartéis de drogas. Especialistas alertam que essa presença militar pode ser vista como uma continuação de uma longa história de intervenções americanas na região, frequentemente justificadas por questões de segurança, mas que podem ter motivações políticas mais amplas.
A proposta de Cruz e a resposta do governo mexicano refletem um delicado equilíbrio entre a necessidade de cooperação internacional no combate ao crime organizado e a preservação da soberania nacional. A situação atual pode levar a um aumento das tensões entre os dois países, especialmente se os EUA decidirem intensificar sua presença militar na região sob o pretexto de combater o narcotráfico, o que poderia provocar reações adversas tanto no México quanto em outras nações latino-americanas.

