O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), optou por não convocar imediatamente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula, para depor na comissão. Viana afirmou que aguardará o desenrolar das investigações da Polícia Federal sobre o escândalo do INSS antes de decidir se Frei Chico será chamado. A convocação já foi protocolada, mas o senador pretende ouvir primeiro ex-ministros da Previdência e presidentes de sindicatos envolvidos no caso.
A decisão de Viana também reflete uma preocupação em evitar a politização das investigações, um desafio que ele reconhece como crucial para o andamento da CPMI. A prioridade será ouvir aqueles que têm informações relevantes sobre o caso, enquanto a não convocação de Frei Chico, pelo menos nas primeiras semanas, traz alívio ao governo. Nos bastidores, petistas consideram que a oitiva do irmão de Lula poderia ser constrangedora para o presidente.
Com essa abordagem cautelosa, a CPMI busca garantir que as investigações sejam conduzidas de forma objetiva e sem influências políticas. A expectativa é que a comissão se concentre em apurar as responsabilidades e esclarecer os fatos relacionados ao escândalo do INSS, evitando assim um clima de tensão política que poderia prejudicar o processo.