O Senado brasileiro deve retomar, nesta terça-feira, a votação de um projeto de lei que modifica a Lei da Ficha Limpa, reduzindo o prazo de inelegibilidade para políticos condenados. A proposta, que já passou pela Câmara dos Deputados, determina que o período de inelegibilidade de oito anos será contado a partir da condenação, em vez de após o cumprimento da pena, o que pode permitir que alguns políticos voltem a concorrer mais rapidamente.
A iniciativa, que foi adiada desde o ano passado, também estabelece um teto de 12 anos para a inelegibilidade e amplia o período de desincompatibilização para candidatos de seis meses. Contudo, a proposta enfrenta resistência de organizações como Transparência Internacional Brasil e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, que criticam a falta de debate público sobre o tema.
As alterações têm potencial para beneficiar figuras como Eduardo Cunha e ex-governadores como Anthony Garotinho e José Roberto Arruda. A votação no Senado é um passo crucial para a sanção ou veto presidencial do projeto, que pode impactar significativamente o cenário político brasileiro.