Um parecer da Advocacia do Senado Federal determinou que a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) não terá acesso a informações sobre as visitas de pessoas aos gabinetes dos parlamentares. A decisão foi tomada a pedido do senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI, que buscava maior transparência nas relações entre legisladores e lobistas. O parecer afirma que os nomes devem ser mantidos em sigilo, o que levanta preocupações sobre a falta de transparência nas atividades legislativas.
O registro de entrada nos gabinetes parlamentares tornou-se uma prioridade para a CPMI do INSS, especialmente em relação ao lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’. A investigação busca esclarecer possíveis irregularidades e influências indevidas nas decisões políticas relacionadas ao sistema previdenciário. A negativa de acesso às informações pode dificultar o trabalho da comissão e limitar a responsabilização de envolvidos em práticas questionáveis.
As implicações dessa decisão são significativas, pois podem afetar a confiança pública nas instituições e na capacidade do Congresso de fiscalizar suas próprias atividades. A proteção do sigilo em casos como este pode ser vista como um obstáculo à transparência e à accountability, essenciais para o funcionamento saudável da democracia. A CPMI agora enfrenta o desafio de avançar em suas investigações sem acesso a dados cruciais.