O Senado Federal do Brasil instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação de influenciadores digitais e redes sociais na sexualização de crianças e adolescentes. A decisão, anunciada pelo presidente Davi Alcolumbre em 20 de agosto de 2025, foi motivada por um vídeo do humorista Felipe Bressanim Pereira, que denunciou o influenciador Hytalo Santos, preso por exploração de menores. A CPI será composta por 11 membros titulares e 7 suplentes, com a próxima etapa envolvendo a indicação dos senadores pelos líderes partidários.
A mobilização em torno da sexualização infantil ganhou força após a prisão de Hytalo Santos, que ocorreu em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Ele é investigado pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público do Trabalho por expor menores em conteúdos nas redes sociais. Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência de um projeto que visa combater a adultização de crianças, que já havia sido aprovado pelo Senado e agora passará por nova votação.
As implicações dessa CPI podem ser significativas, refletindo uma crescente preocupação com a proteção das crianças na era digital. A investigação poderá resultar em novas legislações que visem coibir práticas prejudiciais nas redes sociais e garantir um ambiente mais seguro para os jovens. O desdobramento desse caso poderá influenciar não apenas as políticas públicas no Brasil, mas também gerar debates sobre a responsabilidade das plataformas digitais na proteção dos usuários mais vulneráveis.