A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou na quarta-feira, 20 de agosto, por 14 votos a 12, o novo texto do Código Eleitoral que prevê a realização de eleições com voto impresso. O projeto, que agora segue para votação no plenário da Casa, foi impulsionado por partidos de oposição e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador Esperidião Amin (PP-SC), autor da emenda, acredita que a nova regra poderá ser implementada nas próximas eleições de 2026.
A proposta determina que as urnas eletrônicas imprimam um registro de cada voto, que será depositado em uma urna lacrada para auditoria. Amin defende que essa mudança é respaldada por um relatório da Polícia Federal, datado de 2018, que recomenda esforços para garantir a auditoria do processo eleitoral. Ele assegura que o novo formato preserva o sigilo do voto, afirmando que a urna eletrônica continuará sendo utilizada.
Entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não se manifestou sobre os possíveis custos adicionais para adaptar as urnas ao novo sistema. Vale ressaltar que o voto impresso já foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em duas ocasiões, a mais recente em 2020, quando o tribunal decidiu que tal mecanismo compromete o sigilo do voto. A aprovação do projeto no Congresso poderá gerar novos debates sobre a segurança e a transparência das eleições brasileiras.