A manutenção da taxa Selic em 15% ao ano pelo Banco Central do Brasil garante que a renda fixa permaneça como uma alternativa segura e rentável para os investidores. O Tesouro Selic, considerado o título de menor risco do país, apresenta um rendimento bruto de 15% ao ano, o que, segundo especialistas, ainda é vantajoso em um cenário de inflação em torno de 5,20%. Marcel Andrade, head de Investments Solutions da SulAmérica Investimentos, destaca que o juro real, que gira em torno de 10%, torna a renda fixa uma escolha atrativa para quem busca segurança.
Nicolas Gass, head de alocação da GT Capital, recomenda a exposição ao Tesouro Selic, afirmando que a manutenção da taxa por pelo menos seis meses oferece uma proteção natural contra incertezas econômicas. Lucas Constantino, da GCB Investimentos, complementa que os títulos pós-fixados são especialmente valiosos em um ambiente de instabilidade geopolítica e riscos políticos, como os que antecedem as eleições de 2026.
Além do Tesouro Selic, o Tesouro IPCA+ também é visto como uma boa opção, especialmente para investidores de longo prazo. Andrade menciona que o juro real de cerca de 7,5% ao ano em títulos de dez anos é atrativo. Por outro lado, os títulos prefixados estão ganhando espaço nas recomendações, com Fernando Gonçalves, da The Hill Capital, argumentando que as taxas atuais refletem um cenário de juros altos, o que pode proporcionar ganhos caso o ambiente econômico melhore.
No entanto, o crédito privado enfrenta desafios, com a atratividade limitada devido à compressão de spreads. Andrade observa que, apesar das oportunidades no Tesouro Direto, o mercado de crédito privado ainda apresenta dificuldades para encontrar boas opções de investimento.