Na última semana, seis pessoas foram presas em Goiânia, Goiás, suspeitas de raptar uma jovem de 26 anos para interná-la à força em uma clínica irregular. Entre os detidos estão a mãe da vítima, Eliane de Paula, de 51 anos, e sua irmã, Isabela de Paula, de 28 anos. A Polícia Civil informou que a clínica não possuía alvará de funcionamento e não contava com psiquiatra responsável, como exige a legislação.
A defesa das acusadas divulgou documentos que indicam uma relação familiar conturbada, incluindo uma medida protetiva solicitada por Eliane contra a filha. A defesa argumenta que Isabela acreditava que o tratamento oferecido era adequado e que a família foi enganada pela clínica. A situação se complica com a revelação de que a jovem apresentava comportamentos agressivos em relação aos pais e à irmã.
O caso levanta questões sobre a saúde mental e a legalidade das internações forçadas. A Justiça decidiu converter as prisões temporárias em preventivas, enquanto a defesa contestou as alegações de que o rapto estava ligado a disputas patrimoniais. A clínica negou qualquer irregularidade em seu funcionamento, afirmando ter todas as autorizações necessárias.