A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou seis indivíduos suspeitos de integrar uma associação criminosa que internou uma mulher compulsoriamente em um centro terapêutico irregular. A operação, denominada Anathema, foi realizada em 14 de agosto, após investigações que tiveram início em 7 de maio, quando a vítima foi considerada desaparecida. Ela foi encontrada em uma clínica sem alvará e sem supervisão médica, levando a PCGO a qualificar o caso como cárcere privado e sequestro.
As investigações revelaram que a internação foi uma tentativa deliberada de impedir a mulher de comparecer a uma audiência judicial sobre patrimônio familiar. Durante a operação, cerca de 20 mulheres relataram terem sido internadas contra a vontade, evidenciando a gravidade das práticas denunciadas. Entre os indiciados estão familiares da vítima e o proprietário da clínica, que não possuía autorização para funcionar.
A Justiça determinou a manutenção das prisões preventivas dos suspeitos, com base em indícios de associação criminosa e internações forçadas ilegais. A defesa de alguns indiciados alegou desconhecimento sobre a irregularidade do centro terapêutico, mas o caso destaca as complexas dinâmicas familiares e as implicações legais da internação forçada, levantando preocupações sobre a proteção dos direitos da vítima e a responsabilidade dos envolvidos.