Um levantamento do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI) indica que 97,3% das empresas no Brasil são sociedades limitadas (LTDAs), com mais de 90% delas compostas por dois sócios. A morte de um sócio pode gerar sérios problemas para a continuidade do negócio, mas especialistas afirmam que o seguro de vida empresarial pode ser uma ferramenta eficaz para mitigar riscos sucessórios. O advogado Eduardo Vieira ressalta que, ao formalizar um seguro de vida vinculado a cada sócio, a empresa se torna beneficiária, permitindo que os herdeiros sejam indenizados sem comprometer o caixa da empresa.
Além disso, o seguro pode evitar a entrada de sócios indesejados e conflitos na gestão. Icaro Rollemberg, especialista em gestão de risco, explica que essa indenização pode cobrir a participação do sócio falecido e suprir a perda de capital intelectual. A advogada Daniela Poli Vlavianos destaca que essa estrutura reduz litígios sucessórios e respeita os direitos dos sucessores. A contratação de seguros com acordos prévios permite que os sócios remanescentes adquiram a participação do sócio falecido, garantindo uma transição clara e justa.
Nos últimos anos, houve um amadurecimento no mercado em razão da pandemia, que evidenciou a importância do planejamento sucessório. O custo acessível das apólices bem estruturadas é um investimento comparado ao impacto financeiro de uma sucessão mal conduzida. O seguro de vida empresarial não apenas oferece proteção, mas também promove a governança e a longevidade do negócio, reforçando a ideia de que é melhor prevenir do que remediar.