Ney Ferraz, secretário de Economia do Distrito Federal, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (1º), conforme nota oficial divulgada pelo próprio político. A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial do DF e deve ser registrada como uma saída 'a pedido'. O governo não anunciou um substituto para Ferraz até o momento.
A decisão ocorre após Ney Ferraz ser condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do DF a 9 anos e 9 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Ferraz, que nega as irregularidades, afirmou que se dedicará exclusivamente ao recurso contra a condenação, que ainda será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em sua nota, Ney Ferraz expressou que sua saída não foi por obrigação, mas por um 'profundo senso de responsabilidade e respeito' ao governo, ressaltando que é 'inadmissível' permitir que 'circunstâncias externas' prejudiquem as políticas públicas. A pressão sobre sua permanência no cargo aumentou após o Tribunal de Contas do DF exigir explicações do governador Ibaneis Rocha sobre a manutenção do secretário, mesmo após a condenação.
Em fevereiro, Ney Ferraz e sua ex-esposa foram condenados por lavagem de dinheiro em 166 ocasiões, recebendo penas que resultaram em regime semiaberto. Após recursos, a pena foi aumentada, levando à nova condenação e à determinação de início em regime fechado. O caso continua a gerar repercussão e questionamentos sobre a integridade das administrações públicas no DF.