O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, teve seu cartão do Banco do Brasil bloqueado em razão das sanções impostas pelos Estados Unidos, conforme a Lei Magnitsky. Desde 30 de julho, Moraes está na lista de sancionados, o que impede o uso de cartões internacionais, como os da bandeira americana. Como alternativa, foi oferecido a ele um cartão da bandeira nacional Elo, que não opera nos EUA.
O regulamento da Elo proíbe a oferta de serviços a indivíduos sancionados pelo governo americano, o que levanta questões sobre a compatibilidade entre as normas brasileiras e as exigências internacionais. Especialistas alertam que instituições financeiras enfrentam dilemas entre respeitar decisões do STF e cumprir normativas americanas, sob risco de sanções severas. A situação se agrava em meio a investigações que ligam as sanções ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, sugerindo uma estratégia para pressionar Moraes em um contexto político tenso.
Com o julgamento marcado para 2 de setembro, o episódio ressalta a crescente complexidade das relações entre o sistema financeiro brasileiro e as imposições internacionais. As instituições financeiras devem navegar cuidadosamente entre a conformidade com as leis locais e as exigências externas, evitando consequências que podem incluir bloqueios financeiros e danos à reputação global. O impacto dessa situação pode ser profundo, afetando não apenas Moraes, mas também a estabilidade do sistema financeiro brasileiro como um todo.