Um recente relatório da Clarify Capital indica que quase 60% dos americanos com salários de seis dígitos não se consideram financeiramente bem-sucedidos. Para se sentirem confortáveis na economia atual, esses profissionais afirmam que precisariam de rendimentos anuais de US$ 500.000, um valor que reflete a crescente pressão econômica e social. Há apenas 20 anos, um salário de US$ 170.000 era visto como sinônimo de classe alta, mas a realidade atual é marcada pela ansiedade gerada pela alta dos preços e pela necessidade de manter estilos de vida que os rendimentos não suportam mais.
O relatório destaca que o aumento do custo de vida tem gerado insegurança financeira em todos os níveis, com cerca de 85% dos que ganham seis dígitos relatando estresse e ansiedade devido à inflação. As mulheres e a geração Z são as mais impactadas, com muitos sentindo pressão para acompanhar padrões de consumo idealizados nas redes sociais. A pesquisa sugere que, na economia atual, a segurança financeira vai além da renda, refletindo uma mudança nas prioridades e hábitos de consumo da sociedade.
Com o custo de vida subindo drasticamente, especialmente em itens essenciais como alimentos e habitação, a percepção do que significa ser ‘rico’ mudou consideravelmente. Dados mostram que sete em cada dez pessoas que ganham seis dígitos estão recorrendo a supermercados de desconto para economizar. Além disso, a preocupação com a falta de moradia está crescendo entre os jovens, enquanto aposentados também expressam temor em relação à desvalorização de seus ativos. Essa situação evidencia um cenário econômico desafiador e uma redefinição do sucesso financeiro nos Estados Unidos.