O governo de São Paulo anunciou, nesta sexta-feira (29), que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) diminuirá o volume de água retirado do Sistema Cantareira, passando de 31 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 27 m³/s. Essa decisão foi motivada pelo alarmante nível de armazenamento do reservatório, que chegou a apenas 35% de sua capacidade útil, refletindo a falta de chuvas na região, que apresenta índices abaixo da média histórica.
A redução na captação foi determinada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pela Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas), que monitoram diariamente os dados do reservatório. Desde 2017, as retiradas de água do Cantareira são reguladas com base em faixas que indicam o nível de armazenamento, e a atual situação é considerada um alerta, não sendo observada desde dezembro de 2022. Além disso, o governo paulista já havia implementado uma redução na pressão da água na região metropolitana, iniciando um processo contínuo para preservar os recursos hídricos.
As implicações dessa medida são significativas, pois o Sistema Cantareira é crucial para o abastecimento de cerca de metade da população da região metropolitana de São Paulo. A continuidade da escassez hídrica pode levar a novas restrições e à necessidade urgente de campanhas de conscientização sobre o uso responsável da água. O governo afirma que as medidas permanecerão em vigor até que os níveis dos reservatórios sejam recuperados, ressaltando a importância da colaboração da população nesse esforço.


