O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reafirmou seu compromisso em capturar completamente as regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, mesmo diante das ameaças de sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que têm prazo até esta sexta-feira (8). Fontes próximas ao Kremlin, citadas pela Reuters, indicam que Putin acredita na vitória russa no conflito e considera as sanções americanas ineficazes após três anos de penalidades.
Trump, por sua vez, ameaçou impor tarifas de 100% sobre países que compram petróleo russo, como China e Índia, caso Putin não aceite um cessar-fogo. Apesar da pressão, Putin não pretende abrir mão de seus objetivos militares, priorizando a captura das regiões reivindicadas antes de discutir um possível acordo de paz.
As negociações entre Rússia e Ucrânia, que ocorreram em três rodadas desde maio, têm sido limitadas a questões humanitárias, segundo fontes. O Kremlin exige a retirada total das tropas ucranianas das regiões capturadas e um status neutro para a Ucrânia, condições que já foram rejeitadas por Kiev. A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, destacou que Trump busca encerrar o conflito, enquanto a primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, pediu uma pressão internacional máxima após ataques aéreos que resultaram em 31 mortes em Kiev, incluindo cinco crianças.